ao vê-la no quarto branco esqueceu de tudo o que algum dia compreendeu. a vida assim, indo, frágil pra caramba. sua vida, como numa ampulheta ao contrário, contagotando. digo que deu pena. não sei de qual dos dois. nem ano de vida a dois. os dois. pena. quatro letras. ambas. e em 16 viraram três. ele.
foi triste ver a despedida entre flores, ver a lágrima de um regando os cravos do outro e o cheiro do incenso que vinha da voz da batina, antes de fecharem elisa. fecharem um, pois fecharem dois foi quando do cimento, terra e grama. além dos presentes que deixaram, com dizeres de respeito, como em 1º do ano, à uma iemanjá do seco. exceto pelos olhos do moço que, duvidam, se recupera. um homem sem sobrenome por ora. mas que chora e pede um bilhete de volta. no tempo, no céu. e exceto pelo céu que o fez olhá-lo pra que visse a chuva descer ajudando a assentar. a terra, a grama, a dor. a água contagotando com areias moles seguindo o sentido correto. pela primeira vez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário