28 de set. de 2025

 Te ver de perto foi a melhor coisa que me aconteceu.

 

Ver a perfeição da barba, das cores, da textura. Sua barba macia. A sua barba clara.

Te vi de bem perto. E seus pelos, que saem pela blusa, por cima dos olhos, orelhas, que você tira e eles voltam a subir.

São heras.

Quase 20 anos.

Eu não resisti e minha boca foi pra sua.

Mesmo minha boca-proibida. Te mordi. Queria te arrancar algo. Ter-te meu, ali.

 

No carro, sua mão esquerda me buscou atrás e me encontrou. Sempre. (E eu lá sei fazer diferente?)

E você a segurou. Como se não fosse me soltar nunca mais.

 

De novo eu cri. E você me soltou. 

Mas sem grilos dessa vez.

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