Ver-te. É verter em saudade do que foi, desaguar em mar já navegado, lamentar pela hora, pelos anos. Sentir.
Fica em mim até amanhecer e aguarda o que não virá. Não aguarde.
E a confusa idéia do que não se sabe.
Roteiro já conhecido, familiar.
Não em forma de sim que não se desprega dessa cruz que carregas no ombro direito.
As histórias podem ser reescritas, em outras línguas, em novas cores, quereres.
Não sei quando começou, mas erros são erros, sempre erros e acertamos também: fato.
Dá-me espetos que te perseguem como lanças e cutucam-me com alma de deus.
Olhos gigantes, escuros. A beleza em forma de pele, uniforme meu, por vidas.
Não há respostas. Sei que, às vezes, um charuto é só um charuto, e nada mais.
A confusão de ser tudo ao mesmo, tempo, preciso, de, tempo, de. Vírgulas. Dê-me tempo, como já me foi dado.
Preciso amadurecer longe das suas garras dominantes, seus genes afiados, sua vida roída. Liberta-me, mim. Peço a uma cigana. Livra-me.
Pipa-me, let it be, let me go, leiloa-me vida. Por ora, deixo-me levar pelo mar. Novo mar, meu mar. Mar meu. Nome.
2 comentários:
gosto que gosto
Mau ou bom?
Rá!
:)
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