Ao ver Francisco rodei em plena pista e escorreguei, batendo com a cabeça na guia. Sou meio cega às vezes, na maior parte do dia.
Adia meu compromisso.
Comprime o ar e meu primo-irmão escreve sobre abacates, gorduras e caroço.
É médico o pobre. É médio. E bom mesmo é ser cidadão nessa cidade grande. Onde não cresci, mas nasci que foi uma beleza. Com raízes longas, me alastrei, balaústre, arquitetei.
Seus olhos, diferentes dos de pai, mas de prima profissão e nome: eis.
Em três cores (feito cabelo da moderna senhora) bate nosso peito são, magro porém.
Lágrimas lá, gema minha, meu, ó pá.
Eu gosto de fato. E de fados.
Mas pe(r)de-mim a paciência: tenha a santa.
E entristecer é ouvir o canto que ouço e concordo: se lágrima fosse de pedra, eu bem que chorava. Mas sou Cristo sem sangue, redimindo os pecados alheios.
Mártir nesse redomar-me de amém.
3 comentários:
E disse o senhor na Cruz:
José, beija meu pé...
Sempre me surpreendeu a capacidade ibérica, somada aos séculos de tradição judaico-cristã e influenciada pelo judeu errante, dizia eu essa capacidade de dramatizar (no bom e no mau sentido).
De qualquer forma, só estabelecendo contato.
Beijos
isso foi muito bom.
Sim, de Chico tenho meu pai. E o tal do Buarque e seus olhos azuis demais. Demais não: suficientemente uis.
BEIJOS a todos do navio.
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