16 de ago. de 2006

Nunca falei dele, hoje vou. Do colar mais lindo. E quem viu também foi desse jeitinho que falou. E foi presente dele alguns dias depois daquele, daquilo e, desde então, eu o carrego junto ao corpo, no pescoço.
Tiro só pra tomar banho e às vezes nem isso.

Levo-o no colo pra que fique mais perto.
O barulho das contas (quando ando) soma ao barulho do peito meu, quando vivo. E eu vivo demais. Ainda mais depois do presente.

As contas do colar que você me deu são bem amarradas, conectivos na medida, idéias, sensações. E eu, distraída, me pego olhando pra baixo, relendo-o, notando um sentido novo, um sentimento velho, a linha transparente que permeia a nossa vida.

É um enfeite da terra, graaande, que, quanto mais solta me deixa, mais eu volto: quando sinto, me sento e dou voltas ao redor do pescoço.
Prendo-me, por querer, no colar, prendendo-me em você.
E uma volta é sempre mais frouxa: pra gente respirar.
Adoro o jeito encanto, colar, seus contos, os cantos, sua voz gritando pra eu abrir a porta: jogo-lhe o colar. Que é o que de mais forte temos. Nós.

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