Uma mulher negligenciada mata. Não morre, nunca. Não se arranha mais do que já está. Ela fere com unhas e dentes e arrasa o que acha.
Uma mulher negligenciada tira forças do útero e acaba, desbanca, se vinga, e aí sim, só depois, sorri e, calmamente, o sol sai de trás das nuvens do pouco-caso despendido a ela.
E, depois do caos, a mulher está nova, outra, sabida, pronta para ser novamente negligenciada e voltar a ser o que sempre foi. Uma que não sabe o que quer e que precisa de alguém que lhe diga:
Que a ama
O que fazer
Como pensar
O que ouvir
O que ser:
Uma mulher negligenciada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário