22 de jul. de 2006

Primavera-bougainville da janela.
A ilusão pertence a quem ouve falar e deduz, com coisas rasteiras, lugares e fases comuns. Não, cabe muito mais do que isso na colher do lado.
Colhe em canteiros de plantas frondosas. Como massa para flor.
Seduz os passantes, iludidos por olhos, não por pães sem sal.
Falo, fala. Quem ouve demais falha, a culpa não é sua, eu só conto.
Só mudamente.
Seduzo o português, em outra língua, sabe-se lá.
Sei do raio da rosa da criança de patins, paralelepípedo da casa de chão. Cinzas.
Quando chove, preta. Pretar.
Te preto a cara e chamo pra jogar sobre o verde da porta ou do feltro. Te filtro bem. Purificou-nos o dia em que, seco o chão, borboleteamos por sobre o muro, o tempo, ambos cor de peixe.
Primaveras sem espinhos não têm.

Nenhum comentário: