4 de mai. de 2006

vou ter sono. agora não. daqui a pouco, bem pouco. há uns minutos atrás quis sumir ao ouvir a sua voz, ainda que gravada, e ver o seu rosto, de diversos modos e ainda que por foto. sua beleza, o que sempre me encantou, não sumiu junto com o meu pseudo-amor. e isso é uma droga. como a nossa divergência sobre esse mesmo tema. sei que daqui a uns minutos eu estarei bem, sob a água quente, e depois de alguns outros a mais, sob as cobertas igualmente quentes. mas agora, que lembrei do seu timbre e dos seus dentes grandes, confesso: balancei. como as pontes americanas em dia de tufão, sim, aquele mesmo povo do qual sempre a gente dava risada.
mas também tudo pode ser o vácuo do não te ter (ou a outro, sim), essas coisas, mas hoje digo que, apesar de nunca ter amado, aqui, nessa data, mesmo dia que tantas emoções me trouxe, talvez, veja bem, talvez, você tenha sido a pessoa que mais me aproximou de um sentimento desses. logicamente, se tirarmos toda a loucura e o desrespeito, certo. por favor! não esqueça de tirar isso. se bem que teve aquele outro, um lá, mas que deixei escapar dos meus dedos do pé de tão irresponsável que fui com o sentimento não-meu. desse eu não tirava a loucura nem o desrespeito, pois havia, viu, havia sim, sanidade e respeito. mas não deu certo. hum. de que adianta... me diz.
não há fórmulas, sim. não tem. cada um sabe onde o calo lhe aperta e já é amanhã. tudo passou. como um vento sem graça, que ninguém percebe...
até chegar o dia em que a mesma brisa se cansa e derruba uma ponte.

2 comentários:

Anônimo disse...

Gostei desse texto, tá bem bom.
Bonito.

Marcela Barbosa disse...

são seus olhos, da cor do.