2 de mai. de 2006

canta miguel de um lado: quis centrar. foi chantagem. sofreu. morreu. sofre. o coração, esponja, espirra dor sangue escuro. tem medo de ser assim coagulado. escreve e passa. o estômago dói, então, sente a água levar toda a impureza que tinha dentro de si. pede: perdão deus pelas noites sem oração. sem nem sinal da cruz. faz tempo que nem te lembro. o que será? demônios que nem há? tempo de loucura retornando, mas, graças a ele (quem), em vias de ir, com o primeiro raio de verão, só que uma hora depois. tomara que você queira o meu bem.
rosa ri do outro: eu oro. coro. ui. e ai de ti. senão grito, o grito mudo dos loucos, das rampeiras. o meu. louca, não puta. e a cabeça vazia. casa do de-lá(-bo). manicomicamente minha.
e o melodrama romântico: o dia depois do qual nos falamos, miguel, foi de doer. te via em cada canto, como um espírito de filme de terror. mas era comédia, minha flor. e eu ria, ria, ria tanto enquanto te via. mas, ainda assim, tentava esquecer do dia seguinte. mas eu, rosa assim, lutei e passei. o dia depois, virou passado. foi sumindo, sumindo, porque sim. resumindo: rosa e miguel já é uma flor sem perfume e com pétalas boiando no chão.

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