10 de mai. de 2006

dançarino que joga na noite escura ligada por luzes que brilham e apagam, um garoto de ouro sapateia sobre a pista. bate. dá. cabelo na altura dos ombros é tudo o que tem. corpo fino, músculos. bailarino da manhã. seus óculos escuros, a barba ruiva e o ombro que me deu quando mais precisei. uma ajuda no silêncio de um café, de manhã.
seria ótimo se não fosse pouco. essa liga quase metálica que envolve sua sina de morcego por ser cego, de águia por ser grande e a nós por termos horas de conversa, de manhã. o cabelo liso até o ontem, sob a água, sobre si. amo a lisura do seu trato.

Nenhum comentário: