10 de dez. de 2006

A falta do meu nome no ouvido. Falava-me ele por inteiro. E era eu, silente, sentinte do calor das suas cordas. Vogais pela casa, como jornal que era eu a recolher.
Agora tenho silêncio na orelha e leio na cozinha.
As letras, cinco, jogadas pelo ar, na ausência do som.
Nunca mais meu violão, as meias dentro da mala. Queria falar de ti, e, sem querer, como algo desassociável, falo de mim e desse partir-me em mil que persiste em insistir em ser presente.
Seu dia passou, eu esqueci de mim jogada numa gaveta qualquer da estante do ser só (que nem gavetas têm).

2 comentários:

katia disse...

...fiquei muda...
que delícia ler vc...já estava me faltando algo no dia-a-dia
bjo

Marcela Barbosa disse...

Tava com a cabeça ocupadíssima com pensamentos ótimos.
Saudade tb, da sua gentileza.