Vontade de passar a manhã inteira sem definir.
Ordens: pessoas de preto e pessoas de marrom. Pessoas de chapéu de palha no verão.
Mas as coisas se encaixam no taco novo do meu chão.
(...)
O pó das mãos da gentileza daquele me abriu o portão e quebrou a chave.
Sem graça ficou. Ainda mais quando me tocou massa na calça escura.
A senhora me desculpe.
Pára. A diferença são meses. E, além do mais, seu gesto e seus olhos são tão bonitos. Parecem pintados com a tinta de que és feito.
(...)
E eu me lembro do seu avental de florzinhas lilases. Seu vestido de tecido pesado e frio. Seu sapato – traidor da vida – preto, de couro. Que espremia seus pés de unhas velhas.
E d´eu, passando o rosto na cortina molinha do seu braço de avó.
Esse era o nome da amiga dela. Uma carinha de quem nada fez, ou faz, ou. De quem passou a vida em branco. Nuvens.
Então vem o animal e descarta todas as possibilidades no meio da sua existência.
Depois vieram a filha e os netos e. Pobrezinha, em boas mãos de apanhar. Por tabela, por dó dela. Seu peito doía ao ver a cor sob as lentes escuras da família.
Mas eu disse para ela que ele não era um bom rapaz.
Se casasse com o outro, sobrinho da escrevente, não estava nessa situação.
Dói o peito, racha o pé. Moça nova, sem cuidados.
Ai de si, Doraci.
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