20 de set. de 2006
Tolerância menos quarenta e nove hoje. Deve se dormir antes de morrer. Senão vive para sempre e isso deve ser de doer. Vidrada pela morte, pelo nada, vazio, sumir, desaparecer. Vácuo, vaca. Hoje no pátio da escola, não do colégio, pois sim, bati o carro no poste. O poste caiu sobre uma criança de brinquedo, uma boneca, pois não. E eu desamassei a minha cara, com o ferro que saiu de dentro do cimento cinzento. Diz-se que a falta de ferro faz a grávida lamber o tijolo. Vá lamber sabão e fazer bolhinhas de. Patina, um armário feito de pedra sabão, intocável, ninguém entra, ninguém sai. Morre-se dentro dele, as portas serradas. Pedra pome, pomes e bebes. Joga-se água e sai do outro lado. Sugada pelas peles mortas dos pés de manicure. As moças e moços do supermercado andam de patim, patins, é o gongo, pá, tim. Pequeno pato. Bebe, bebe, moça. É isso que dá. Sonha acordada, vai. Não vai. Se dormir não bata o carro na cara de ferro. A prenha ensaia, às quartas, como será o parto, a troca de roupa e tudo, com a boneca de plástico. Lado bom: não morre, não chora sem pilha. Criança de novela: deita, dorme. Remédio de novela: toma, dorme, ou toma, acalma. Vou contruir um muro de pedra e declarar nele todo o meu sentimento. Um muro antigamente branco, escrito com esferográfica preta, por óbvio, sem desenhos. Apenas com o símbolo do com-tudo-tem, o oito caído, e frases sem fim. Até pretejar. Pestanejar os olhos de boneca e ficar sem, mamãe eu quero desfilar nua nesse carnaval. Buá.
5 comentários:
meu...!!!
Sim.
Tudo que vai, volta. Rá!
Tem resposta pro cê no comment...
o tapete não é vermelho, é azul, mas você é sempre bem quista por ali e mais ainda por aqui. E agora.
Biju.
Ok, vejo. Bejo. E o olho é furta. Core. Mio cuore.
e aê linda, não se leve tão a sério...
qualquer hora liga.
saudades.
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