10 de set. de 2006

Carregou-me, assim, pelos cabelos. Tirei os pés do chão, subi metros, sumi. Depois, caí. Feio. E, agora, sou eu estatelada na área de serviço.
Tirei da frente os quilos de panos usados sufocantes, encaixotei-os de qualquer modo, sentei e chorei. Lágrimas doces por uma tarde inteira.
Sinto-me amarrotada pelos pés ao cimento dos meus planos sem cabeça nem.
Assim que der, parto. Longo o prazo. No curto há finais de semana, tenho reservas e lábios finos, outra faculdade, um sorriso, filme, novos sons.
Nessa tarde úmida de olhos, que já é noite agora como mostra a janela branca, trago uma dor infinita nos bolsos da calma que me veste hoje.

Cimento o que sinto: o pensamento
Cimento cimento
Dor é tristeza em pedra. Esfarelei.
Pó para sorrir e viver. Nessa ordem.

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