9 de mai. de 2006
nesta terça tão florida o sangue corre pelo lado de fora. o sentimento de perda é patente. na porta, batem, ferem o batente. sorri criança, sorri senhor. dia em portugal, lugar de muitos velhos. e o sangue da terra, correndo pelas beiradas. beiras do além-mar, diz, quanto do teu sal. um se vai, outro fica, ninguém espera. nada se aguarda no século vinte e um. será que chego ao vinte e dois, já passei dos vinte e quatro, fazendo contas, não. impossível. somente se o carinho por desconhecidos assumisse a forma de vidas, como em jogos. ganhando vida de baixo de cada escada, em forma de estrela ou de doce, chego lá. com olhos secos, corpo seco, um copo oco. acaso serei uma mesma de hoje que sente falta da cidade desconhecida que não conhece. não, são lágrimas de portugal.
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