28 de mai. de 2006

A menina que cresceu e quando foi mulher não sorriu. Achava que a vida não seria assim, que seria feliz. Pensou com força e lembrou de ter ouvir dizer que a felicidade não poderia existir nela enquanto fosse menina. E lembrou de como lutou para crescer, para enxergar a altura que via no espelho. E de quando notou que não era mais uma menina, era uma mulher. Se melhorou por amor. Amor a ela mesma ou a alguém. Porém, quando cresceu percebeu que tudo o que tinha ouvido era uma grande besteira, besteira que cobre o defeito do lado. É muito mais fácil apontar como sempre tinha feito, mas agora faziam com ela, mas até que foi bom.
E, voltando ao presente, a mulher soube a verdade: a felicidade existe sim, mas só para quem quer. E para a tristeza sempre há um culpado. E, naquele caso, naquela cena, naquele quadro, a culpada não era ela da infelicidade do lado.
É muito duro quando se gosta de alguém nesses termos. Foi quando a mulher resolveu sumir do mapa. E morar longe, e sobreviver e aprender a tocar violão de verdade e a ser a melhor mulher que há. E nada a derruba.
Sente uma dor no peito por sentir tanto. Mas esse é o modo como sempre se sentiu, com ou sem. Com a diferença de ter uma esperança única ao lado. Uma esperança que, obviamente, morreu somente depois dela, como boa esperança que era. Jaz.

Nenhum comentário: